Quais os sinais de ocupação do Bairro Beja II pelos moradores visíveis a quem passa? Quais as evidências que cada morador partilha do seu ambiente doméstico com o exterior invadindo o espaço público/partilhado? Quais os momentos do quotidiano do Bairro que saltam à vista do transeunte que nada sabe sobre quem habita o Beja II?
Foi iniciado um levantamento fotográfico que regista algumas das manifestações de ocupação informal dos moradores do bairro. Esta recolhe ajuda a identificar algumas das actividades, interesses e formas de ocupar o espaço (privado e público) dos moradores já postas em prática contribuindo para o mapeamento de possíveis intervenções nos espaços partilhados, completando a informação recolhida nos inquéritos porta-a-porta. Estas evidências de apropriação do espaço confirmam a necessidade de conciliar estruturas mais formais e sedentárias com intervenções efémeras e pessoais.
A recolha até à data foi agrupada em diferentes tipologias que sobrepõem a organização por camadas fruto da informação recolhida nos inquéritos. Assim, será mais fácil chegar até aos moradores que, sem qualquer sugestão do atelier urban nomads, já, por si mesmos, transformam os espaços partilhados.
A recolha fotográfica permite também confirmar a urgência que existe em melhorar o território comum dado que este não dá resposta à necessidade ou vontade dos moradores de expandirem o território doméstico para o espaço partilhado contribuindo para a hibernação da população dentro do espaço interno da casa.
Which are the signs of occupation of Beja II’s residents which are visible to those who pass by? Which evidences does each resident share from his/hers domestic environment with the outside world taking over the shared/public space? Which everyday life moments stand out to the transient to whom the neighbourhood and its inhabitants are unknown?
A photographic documentation has been started. Signs of informal occupation by the residents have been registered. This documentation helps identifying some of the activities, interests and ways of occupying (private and public) spaces by the residents. Ways which are already in practice and that contribute to the mapping of the possible interventions in the shared spaces, completing the information collected through the door-to-door questionnaires. These evidences of spatial appropriation confirm the need to overlap formal, sedentary structures with those that are more ephemeral and personal.
The collection to date has been grouped according to different typologies that overlap the layered organization as a result of the information collected in the questionnaires. This should make the process of getting to the key residents who, without any suggestion from atelier urban nomads, have already started taking the initiative of transforming the neighbourhood’s shared public spaces.
The photographic collection also confirms that there is an urgency to improve the shared territory as it does not fulfill the neighbour’s needs or wishes to expand the domestic real towards the shared space contributing to the hibernation of the population inside their homes.